Juiz da Operação Influencer fez "leitura apressada" e com erros de análise
Recurso assinado por três procuradores garante que ex-ministro João Galamba quis beneficiar empresa que projetou centro de dados.
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Só “uma leitura apressada dos factos descritos no despacho de apresentação de arguido” justifica que o juiz de instrução criminal Nuno Costa Dias discorde que o ex-ministro João Galamba seja o mentor do esquema que redundou na “Operação Influencer”. A conclusão é do Ministério Público que, no recurso à decisão de libertar, entre outros, o ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro e também o “melhor amigo” de António Costa, respetivamente Vítor Escária e
Diogo Lacerda Machado, insiste que há indícios mais do que suficientes dos crimes de prevaricação e corrupção.
No documento enviado para o Tribunal da Relação de Lisboa - e que, tal como o JN noticiou, motivou uma resposta inusitada (ver texto em cima) do juiz Nuno Costa Dias - os procuradores João Paulo Centeno, Hugo Neto e Ricardo Correia Lamas não são meigos com o magistrado do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa.