A juíza-presidente do coletivo da Operação Marquês chamou a atenção a José Sócrates que, no seu entender, estava a desrespeitar o tribunal. O ex-priemiro-ministro está a ser ouvido em tribunal.
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A magistrada estava a fazer perguntas a Sócrates, que se explicava sobre factos relativos ao processo de spin-off (separação) das redes da PT, após a OPA da Sonae. O antigo governante mostrou-se agastado com as perguntas, dando a indicação de já ter respondido. A juíza Susana Seca não gostou da resposta de Sócrates e censurou o comportamento.
“Todos temos o mesmo nível de inteligência. Se estou a fazer uma pergunta é porque tenho uma razão e muito menos vai fazer crer que tenho défice cognitivo. Portanto, não vai voltar a dizer que pensava que eu já tinha percebido. Isso é desrespeitoso para o tribunal. Não vai continuar com esse tom”, afirmou a magistrada, que voltou a dar a palavra a Sócrates.
O principal arguido do processo afirmou que não teve intenção de desrespeitar o tribunal, nem de diminuir intelectualmente a magistrada: “Não percebo esta hostilidade para comigo”, afirmou ainda Sócrates que também disse: “provavelmente a culpa foi minha”, dando a entender que se expressou mal.
A magistrada ordenou uma pausa no julgamento para serenar os ânimos.