Bojador custou 8,5 milhões de euros e foi adquirida para guardar a costa portuguesa. Embarcação com 21 militares participará na primeira missão internacional
Corpo do artigo
A Lancha da GNR "Bojador" vai passar os próximos quatro meses no mar da Sardenha, em Itália, ao serviço da Agência da Guarda Europeia de Fronteiras e Costeira (Frontex). A tripulação, constituída por 21 militares, estará empenhada no controlo dos fluxos de imigração irregular e no combate à criminalidade transfronteiriça.
A embarcação fez a viagem inaugural em maio do ano passado, depois de um investimento de 8,5 milhões de euros financiado pelo Fundo para a Segurança Interna. Na ocasião, foi explicado que a lancha tinha sido adquirida para reforçar o papel da GNR na guarda costeira e que seria usada, sobretudo, em ações de patrulhamento e interceção em toda a costa e mar nacional.
A embarcação, com 35 metros de comprimento e que encalhou em setembro último na praia de Carcavelos, também seria utilizada, avançou a GNR, em operações da Frontex e, quase um ano depois, a "Bojador" vai realizar a sua primeira missão internacional, a "THEMIS 2022".
Nesta missão, os tripulantes da lancha, capitaneados por Cátia Tomás, estarão particularmente atentos ao tráfico de droga, de seres humanos e de armas. Irão ainda recolher informações sobre redes criminosas, identificar facilitadores de casos de tráfico, salvar, identificar e registar migrantes e combater a pesca ilegal.
1400 militares em operações internacionais
Desde o final de fevereiro que os militares da GNR estão a preparar-se para esta missão, através de ações de formação de busca e salvamento marítimo, direitos humanos, defesa pessoal policial e primeiros socorros. A missão começa no início da próxima semana e prolonga-se até julho.
De 2007 até 2021, a GNR empenhou mais de mil militares em diversas operações da Frontex. A estes juntaram-se mais de 400 militares que, a bordo de embarcações de diferentes tipologias, participaram nas Joint Operations "INDALO", em Espanha, e "POSEIDON SEA", na Grécia.
No ano de 2022, preveem-se duas operações conjuntas com o emprego de embarcações da GNR.