Madureira e Caldeira suspeitos de usarem claque do F. C. Porto para calar oposição
Administrador do F.C. Porto nega ter instigado Super Dragões para condicionar assembleia geral. Fernando Madureira, a mulher, dois funcionários do clube e Vítor Catão foram detidos pela PSP.
Corpo do artigo
O Ministério Público acredita que o administrador do F.C. do Porto Adelino Caldeira e outros elementos do clube, ainda por identificar, orquestraram um clima de intimidação, operacionalizado por Fernando Madureira e elementos dos Super Dragões, para silenciar vozes da oposição interna durante a assembleia geral (AG) extraordinária do passado mês de novembro. Na quarta-feira, Madureira, a mulher, assim como dois funcionários do clube, entre eles o oficial de ligação aos adeptos (OLA), Fernando Saul, e o conhecido adepto Vítor Catão, além de outros oito suspeitos, foram detidos, numa operação batizada Pretoriano. Caldeira, tido como o autor moral dos distúrbios, mas que não foi nem constituído arguido, nem alvo de buscas, nega qualquer crime.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, o MP e a PSP recolheram indícios de que Caldeira combinou com Fernando Saul, Madureira e a mulher, vice-presidente da claque, calar vozes dissonantes, descontentes com a atual administração e que apoiavam André Villas-Boas, candidato à presidência do clube.