Mais duas testemunhas alteraram radicalmente a versão que contaram à Polícia Judiciária, esta quarta-feira, durante o julgamento onde Marco "Orelhas" e o filho, entre outros arguidos, estão acusados de matar Igor Silva. O crime aconteceu em maio de 2022.
Corpo do artigo
Catarina Alexandra, que conhecia "de vista" Marco Orelhas, e que o identificara à PJ como um dos agressores da vítima mortal, confirmou apenas ter reconhecido Igor "pelo pé", a tropeçar e a cair. Disse que viu gente a correr e a agredir o corpo a que corresponderia "o pé", mas não identificou qualquer agressor, versão bem diversa da que contara à PJ. A frase mais vezes repetida por esta testemunha foi "não me recordo". Saiu da sala de audiência com uma participação ao DIAP, por falsas declarações em julgamento. Irá responder criminalmente.
Julgamento do medo
Sorte igual teve a testemunha que se seguiu, Vítor Gonçalves. Muito jovem, percebeu-se desde que entrou na sala de audiência que algo o afligia. E contou que não viu nada. Conhecia Igor e o grupo de Marco, com quem esteve nas rulotes da Alameda, na altura do crime. Diz ter deixado o grupo, onde se incluía Cassandra, sua namorada e arguida no processo, e que os deixara, deslocando-se para outro local. Afirmou que não viu nada e que só soube que tinha havido "um problema" quando se reencontrou com a namorada.
As imagens desmentiram tudo o que afirmou. Afinal, acompanhou sempre o grupo, terá visto tudo o que aconteceu, mas continuou a dizer que não. Saiu da sala de audiência com um processo-crime por prestar falsas declarações.