O jovem de 23 anos, acusado de ter esfaqueado um rival por ciúmes, assumiu esta terça-feira no Tribunal de Beja a posse de uma faca, mas negou ter esfaqueado o seu adversário, sustentando ter sido a vítima a cortar-se.
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Francisco Luís admitiu que “tinha a faca quando chegou junto do carro” da vítima”, mas assegurou ter sido o rival a provocar o ferimento quando, com medo, arrancou e acabou por se cortar”. O arguido ainda declarou que nunca teve intenção “de lhe fazer mal”.
Na altura dos factos, em novembro de 2023, o arguido pertencia aos “Tchubas”, um grupo violento de Beja, e namorava com a ex da vítima, o que, para o Ministério Público era motivo de ciúmes.
Esta mulher também terá sido ameaçada de morte, no seu local de trabalho, pelo arguido que nega tal crime.
Na noite de 2 de janeiro de 2024, o arguido viria a ser detido, tendo na sua posse uma pistola de alarme transformada de calibre 6,35mm, sem ter licença para a sua detenção, o que levou a que lhe fosse decretada a prisão preventiva.
O arguido, natural do Pragal, em Almada, mas há algum tempo a residia em Beja, está acusado de três crimes, como reincidente: um crime de ofensa à integridade física qualificada, um crime de ameaça agravada e um crime de detenção de arma proibida.
Com 20 anos, o arguido foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão efetiva pela prática de dois crimes de violência doméstica, pena que foi dada como extinta em 11 de julho de 2022.
Houve testemunhas de acusação, com ligações de amizade ao arguido, que faltaram ao julgamento, tendo sido emitidos mandatos de detenção para condução dos mesmos a tribunal, para marcarem presença na próxima sessão.