Pelo quarto mês consecutivo, os militares da GNR operadores do 112 não receberam a devida gratificação do INEM. Segundo um comunicado da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), os polícias na mesma situação receberam pontualmente os valores a que tinham direito.
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“Alegadamente a GNR não terá abonado estes valores”, lamenta a associação, acrescentando que “o não pagamento pontual deste suplemento já não é novidade, ficando por esclarecer o motivo pelo qual a GNR não processa os valores transferidos para este efeito”. O JN contactou o Ministério da Administração Interna, mas ainda não obteve resposta.
Esta gratificação “decorre dos elevados níveis de exigência e desgaste dos operadores nos centros operacionais 112.pt e também pelo facto de os militares destacados nestes serviços estarem impedidos de auferir outros suplementos relacionados com o serviço operacional”, explica a APG/GNR em comunicado.
Porém, a associação frisa que o valor mensal desta gratificação (144,80 euros mensais) está “completamente desatualizado” e não é revisto há 15 anos, pelo que estas funções são cada vez menos atrativas para os militares. Nos últimos três concursos de admissão de operadores apenas um profissional da GNR concorreu, informa.
“A APG/GNR, como tem vindo sistematicamente a fazer, reivindica a necessidade de revisão do protocolo e a atualização dos valores, o que não tem sido acolhido e, de igual forma, exige que sejam processados e pagos os valores em atraso, tendo a expectativa de que a situação não se venha a repetir”, termina o comunicado, assinado pela direção nacional da APG/GNR.