O Ministério Público considera "essencial" que os dois jovens iraquianos, suspeitos de agressão a um jovem português, em Ponte de Sor, sejam ouvidos em interrogatório, na qualidade de arguidos.
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A posição foi expressa num comunicado divulgado esta quarta-feira pela Procuradoria-Geral da República.
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O Ministério Público entende que, "face aos elementos de prova já recolhidos, na sequência de diligências de investigação efetuadas", é "essencial para o esclarecimento dos factos, ouvir, em interrogatório e enquanto arguidos, os dois suspeitos que detêm imunidade diplomática".
Os jovens iraquianos são filhos do embaixador do Iraque em Lisboa.
A nota à comunicação social salienta que "em causa estão factos suscetíveis de integrarem o crime de homicídio na forma tentada", acrescentando que "a investigação prossegue os seus termos, desenvolvendo-se as demais diligências consideradas adequadas".
Na investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária.
A nota refere ainda que, no quadro do inquérito ao caso da agressão do jovem, há uma semana, em Ponte de Sor, o Ministério Público "suscitou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros a ponderação de intervenção no âmbito diplomático, ao abrigo da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", para "saber se o Estado iraquiano pretende renunciar expressamente à imunidade diplomática de que beneficiam os dois suspeitos".