"Tenho muito gosto em ir ao Parlamento e explicar as taxas de execução da Lei da Programação Militar (LPM), é lá que se devem prestar contas", garantiu a ministra da Defesa, esta sexta-feira, em Beja, numa resposta às críticas do PSD sobre a concretização da LPM estar abaixo dos 7%.
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Falando aos jornalistas à margem da Cerimónia Militar do 70.º Aniversário da Força Aérea. que decorreu na Base Aérea 11 (BA 11), Helena Carreiras justificou que vai centrar os esforços na revisão da Lei da Programação Militar, "visando suprir as lacunas existentes e contribuir para a operacionalidade dos meios existentes".
Natural de Portalegre, a ministra presidiu ao primeiro ato militar no Alentejo desde que chegou à pasta da Defesa, tendo, durante o seu discurso, abordado o Plano de Ação para a Profissionalização do Serviço Militar (PAPSM). "Este é o momento certo para a sua revisão e implementação, centrando o mesmo em medidas que tornam mais interessante o ingresso nas Forças Armadas", disse, anunciando o novo concurso de praças e o alargamento do regime de contratos a outras áreas.
Antes, Cartaxo Alves, Chefe do Estado Maior da Força Aérea (CEMFA), tinha chamado a atenção para a necessidade de quadros civis e militares, referindo que "o nível das infraestruturas é muito preocupante" e revelando que a Força Aérea "vai construir uma central fotovoltaica capaz de abastecer a totalidade de infraestruturas" da base aérea de Beja.
O CEMFA desvalorizou o acidente ocorrido ontem na BA 11 com um caça F-16M da FAP, que aborregou a descolagem quando, no trem de aterragem, um pneu rebentou e outro se incendiou, levando a que fossem acionadas as barreiras protetoras e evitando que o avião saísse do asfalto. Cartaxo Alves justificou que "foi uma situação normal que pode acontecer todos os dias". "Não houve danos no aparelho, para além dos pneus e vai ser feita uma inspeção a toda a fuselagem", concluiu.
Só o avião envolvido no sinistro não esteve hoje na armada de oito caças F-16M que sobrevoou a zona da parada.
As cerimónias dos 70 anos da Força Aérea terminam no domingo com um Festival Aéreo em Beja, onde são esperadas cerca de 100 mil pessoas e onde vão estar presentes as patrulhas acrobáticas Frecce Tricolori, da Força Aérea Italiana, La Marche Verte, da Força Aérea Marroquina, e a ASPA, da Força Aérea Espanhola. O último espetáculo deste nível em Portugal aconteceu na BA11, em 26 de maio de 1996.
Debaixo de fogo há algum tempo, falando-se inclusivamente na sua substituição a breve trecho, o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, chegou à cerimónia vinte minutos após o seu início.