Uma mulher foi detida por, no passado sábado, ter agredido a mãe com uma faca, regado a mulher com um líquido inflamável e ateado o fogo, anunciou esta segunda-feira a Polícia Judiciária (PJ). A vítima, de 55 anos, vai ser transferida do Hospital de Braga para Unidade de Queimados do São João, no Porto.
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Fonte ligada ao processo disse ao JN que a vítima sofreu queimaduras de alguma gravidade, o que justifica a transferência hospitalar. A mulher levou, também, uma facada no abdómen, mas, neste caso, os ferimentos foram pouco profundos.
Em comunicado emitido esta segunda-feira à tarde, a Polícia Judiciária de Braga anunciou a detenção da suspeita, que tem 26 anos e é suspeita de crimes de homicídio na forma tentada, de violência doméstica e ainda de incêndio urbano.
Os factos ocorreram na madrugada do passado sábado, na Vila de Prado, em Vila Verde, em contexto de violência doméstica.
A mesma fonte adiantou ao JN que a arguida sofre de problemas psiquiátricos. Na madrugada de sábado, entrou no quarto da progenitora, para lhe pedir um cigarro, despertando-a e agredindo-a com uma faca. De seguida, munida de um líquido inflamável à base de álcool, regou-a, fez o mesmo a algumas superfícies do quarto e ateou fogo.
“Está desempregada, recebe um pequeno apoio social e, por vezes, deixa de tomar os medicamentos que lhe estão receitados o que a torna agressiva, nomeadamente para com a mãe, sendo conhecidos vários episódios de violência para com ela”, explicou.
Ferida e com queimaduras em diversas zonas corporais, a vítima – diz a PJ – debateu-se e “conseguiu colocar-se em fuga, tendo sido prontamente socorrida por familiares, que também extinguiram as chamas do quarto, evitando a sua propagação a todo o edifício”.
As diligências imediatamente realizadas pela Polícia “permitiram a recolha e consolidação de substanciais elementos de prova, com sinalização de quadro de violência doméstica continuado”.
A detida foi apresentada esta segunda-feira às autoridades judiciárias no Tribunal de Guimarães, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação. Estas ainda não são conhecidas.