Há juízes e procuradores a defender que região merece mais do que "um polozinho". Governo, Câmara de Vila do Conde e sindicato destacam descentralização da formação.
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O polo Norte do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) abre em setembro e, no máximo, terá 60 vagas. A região que tem mais candidatos terá menos de metade das vagas de Lisboa. Há quem defenda que o Norte "merecia mais" do que "um polozinho". O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) reconhece que as condições "não são as ideais", mas junta-se à Câmara de Vila do Conde e ao Governo para salientar que este é um "primeiro passo muito importante" na descentralização da formação de magistrados que, durante décadas, foi exclusiva da capital.
"O Convento do Carmo é pequeno, cercado de velhos edifícios, sem estacionamento, sem condições nem possibilidade de alargamento", afirmou, ao JN, António Cândido Oliveira. O professor catedrático jubilado da Faculdade de Direito da Universidade do Minho está indignado. "Não houve o rasgo de encontrar um local melhor. Vai o Norte resignar-se a que amanhã o CEJ, em Lisboa, diga que não pode fazer mais formação no Norte, porque o polo não tem condições?", questiona.