Cabecilha do "gangue do Minho" entregou cartão de cidadão para tratar de matrimónio mas ficou com dívidas ao Fisco na venda de carros.
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Uma mulher, de 30 anos, e o pai, de 54, vão começar a ser julgados em breve no Tribunal Criminal de Gaia por terem, em 2019, burlado o namorado da jovem, então preso há quase duas décadas, na cadeia de Paços de Ferreira. Bárbara R. terá convencido o recluso a entregar-lhe o cartão de cidadão para tratar do casamento entre ambos, quando, afinal, quereria apenas os seus dados pessoais para registar e vender, sem aquele saber, 11 carros em seu nome, tornando-o fiscalmente responsável por impostos que não chegaram a ser saldados.
No total, a vítima, Paulo Carneiro, um ex-cabecilha do chamado gangue do Minho conhecido pela alcunha de “Polaco”, teve um prejuízo patrimonial de 1906,89 euros: 1081,64 de imposto único de circulação (IUC) e 825,25 de coimas por não ter pago ao Estado a quantia devida.