A Polícia Judiciária avançou, esta terça-feira de manhã, com uma operação no bairro da Cova da Moura, na Amadora. Em causa estão raptos e ofensas graves à integridade física em ajustes de contas relacionados com o tráfico de droga.
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Segundo o JN apurou, a operação foi muito rápida, foram feitas algumas apreensões, mas terminou sem qualquer detenção. "Tentámos ser discretos. Foi entrar e sair, demorou menos de uma hora", avança fonte da Polícia Judiciária, que acrescenta que a operação desta manhã de terça-feira teve apenas um objetivo. "Os inspetores queriam somente recolher prova para várias investigações que estão em curso. Não foi feita qualquer detenção", explica a fonte.
As investigações em causa estão relacionadas com diferentes tipos de crime, nomeadamente roubos violentos, ofensas à integridade física e tráfico de droga e, por esse motivo, a operação conjunta contou com a participação de operacionais da Unidade Nacional de Contra Terrorismo, da brigada de Homicídios e da equipa responsável pela investigação de roubos. Ao todo, foram cerca de 50 elementos que estiveram na Cova da Moura.
Entretanto, o JN também apurou que, nas últimas semanas, este bairro da zona da Grande Lisboa tem sido assolado por diversos crimes, sobretudo roubos cometidos no perímetro da urbanização. "Elementos de grupos organizados radicados no bairro encomendam diferentes produtos através da Glovo [empresa de recolha e entrega de produtos ao domicílio] e quando os estafetas entram no bairro ficam sem as motos", descreve uma fonte contactada pelo JN. Só na semana passada, a PSP recuperou cinco motorizadas que tinham sido roubadas.
O mesmo se passa com motoristas ao serviço da Uber, muitos dos quais são ameaçados com armas de fogo e ficam sem os carros.