Vendas de telemóveis ou de bens alimentares por grosso são negócios propensos às fraudes com o imposto sobre o valor acrescentado. Transações em “carrossel” entre sociedades intracomunitárias são um dos esquemas mais usados por infratores e mais investigados pela PJ.
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A fraude ao IVA é dos crimes que mais lesam os cofres do Estado. Através de complexas teias de empresas e transações internacionais de bens tecnológicos, alimentares ou automóveis, grupos organizados conseguem desviar todos anos centenas de milhões de euros. Mas a Polícia Judiciária (PJ), que investiga a fraude fiscal, sempre que ultrapassa os 500 mil euros, já conseguiu apreender ou arrestar mais de cem milhões de euros aos criminosos.
Nos últimos cinco anos, as unidades de combate aos crimes financeiros da PJ, muitas vezes auxiliadas por inspetores tributários constituindo equipas mistas, têm multiplicado as investigações com detenções e apreensões ou arresto de bens aos grupos organizados, suspeitos de desviar o imposto sobre o valore acrescentado (IVA). Ainda há dias, um alegado esquema de fraude fiscal foi desmantelado pela PJ numa das maiores empresas que presta serviços de segurança no país. Mas, regra geral, é no setor das vendas em larga escala, envolvendo transações entre vários países, que os criminosos atuam para depauperar os cofres do Estado.