Alexandre Marques, 61 anos, foi assassinado em 2005, no Reino Unido. No mês, passado, a Polícia inglesa revelou uma foto de um possível suspeito e pediu ajuda para o identificar. Há uma recompensa de 20 mil libras para quem ajudar a encontrar o culpado.
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O emigrante português mudou-se de Lisboa para Londres em 1994. Era empregado do Arts Club em Picadilly e morava num apartamento em Notting Hill. Segundo a Polícia, era assumidamente homossexual e gostava de frequentar bares daquele bairro londrino. Foi visto pela última vez com vida na manhã de 16 de outubro.
O seu corpo viria a ser encontrado mais de dois meses depois, a 2 de janeiro de 2006, numa zona de mato em Luton, a 50 quilómetros de Londres. A autópsia revelou que tinha sido assassinado.
Duas pessoas foram detidas e, posteriormente libertadas. Em 2007 a polícia encerrou o caso por falta de provas. Porém, em janeiro de 2019, o processo foi reaberto após o aparecimento de "indícios importantes", explicou a Inspetora Chefe VIcky Tunstall, da polícia metropolitana, citada pela BBC.
"Os pais de Alex já não são vivos, mas ainda tem familiares em Portugal que gostariam de ver este assunto resolvido e quero enfatizar que estou empenhada em encontrar e identificar este assassino", afirmou a responsável policial.
Imagens de videovigilância
Em novembro de 2020, avanços forenses permitiram à polícia abrir uma nova linha de investigação. Entre os novos indícios encontram-se imagens de videovigilância de um homem a usar os cartões bancários de Alexandre nos dias seguintes ao seu desaparecimento.
"Apesar de se terem passado 15 anos, alguém, em algum lugar, conseguirá reconhecer este indivíduo e estou confiante que, quando alguém olhar para estas imagens, se conhecerem esta pessoa, irão reconhecê-la", afirmou a Inspetora Chefe.
Nas imagens divulgadas é possível ver um homem de boné e com umas calças de fato treino com uma risca distintiva na parte de baixo, salienta a polícia.
"Este homem não identificado é obviamente crucial para a nossa investigação. Pode ter informações chave sobre onde estava Alexandre Marques a 16 de outubro e o que lhe aconteceu", explicou a responsável. "Se a pessoa não foi responsável pelo seu desaparecimento, então queremos perceber como é que obteve os seus cartões bancários", acrescentou.
Recompensa de 20 mil libras
As autoridades oferecem uma recompensa de 20 mil libras (22 mil e 700 euros) a quem providenciar informações que levem a uma condenação.
Além de pessoas que tenham contactado com Alexandre em outubro de 2005, os detetives também querem falar com todos os que tenham percorrido a estrada de Woodside, em Luton, naquele mês, altura em que o corpo lá terá sido colocado.
"Qualquer informação será tratada devidamente como altamente confidencial e posso garantir que as identidades das testemunhas poderão ser protegidas caso assim o entendam", anunciou a Inspetora Chefe Tunstall.