O ministro da Administração Interna garantiu que Portugal não usa nem tenciona usar o sistema de espionagem eletrónica Pegasus.
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Questionado pelos deputados no Parlamento sobre se Portugal já tinha adquirido ou pensava utilizar o sistema de espionagem eletrónica israelita, José Luís Carneiro assegurou que o Pegasus "não será usado pelos serviços de segurança" nacionais.
O Pegasus é um programa israelita de vigilância eletrónica que se instala num telemóvel a partir de uma ligação externa e depois permite acesso ao aparelho e todo o seu conteúdo e comunicações realizadas. Teoricamente, apenas está disponível para Governos e deveria ser usado para combater redes de crime organizado e o terrorismo. Porém, já foram revelados vários casos de espionagem a políticos e até jornalistas.
Recorde-se que, na semana passada, soube-se que o telemóvel do primeiro-ministro espanhol e da sua ministra da Defesa tinham estado sob escutas "ilícitas e externas" deste sistema, revelaram dois relatórios do Centro Criptológico de Espanha.
Em 2021, uma investigação jornalística revelou que os telemóveis de vários políticos de relevo como do presidente francês, Emmanuel Macron, do ex-presidente da Comissão Europeia Romano Prodi e o do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, quando este chefiava o governo belga, foram alvos do Pegasus.