Está a subir o número de adolescentes estrangeiros sem documentos que chegam a Portugal. PGR alerta para "constrangimentos" Observatório das Migrações rejeita alarmismos mas instituições que recebem os jovens estão sempre cheias e muitas vezes sobrelotadas.
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O aumento da chegada a Portugal de adolescentes estrangeiros sozinhos e sem documentos está a “agudizar os constrangimentos” do Estado no acolhimento residencial destes jovens. São, na maioria, rapazes de 16 e 17 anos, da Gâmbia e do Senegal. Há instituições ao serviço da Segurança Social que estão permanentemente lotadas e muitas vezes sobrelotadas, temendo-se a rutura da sua capacidade de resposta.
A garantia de que algo está mal é da Procuradoria-Geral da República (PGR), que, entre janeiro e maio de 2024, sinalizou 138 menores, quase mais cem do que em todo o ano passado (46). Ao JN, a diretora do Observatório das Migrações, Catarina Reis de Oliveira, rejeita alarmismos, fala numa “dinâmica” comum no seio da União Europeia e recorda que, em 2020, Portugal se disponibilizou para receber da Grécia de forma programada até 500 menores migrantes não acompanhados. Destes, 325 entraram em território nacional até ao fim de 2022.