A Procuradoria-Geral da República confirmou esta segunda-feira à Lusa que foi deduzida pelo Ministério Público uma acusação contra arguidos no âmbito da "Operação Fénix", relacionada com o exercício de segurança ilegal e violência na noite portuense.
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Questionada pela agência Lusa sobre as notícias avançadas por vários jornais de que foi deduzida uma acusação contra 53 arguidos neste processo, entre os quais o líder do F.C. Porto, Pinto da Costa, o diretor-geral da SAD portista, Antero Henriques, e o proprietário da empresa de segurança SPDE, Eduardo Silva, fonte oficial da PGR limitou-se a confirmar a dedução da acusação, remetendo para mais tarde pormenores e identificação dos acusados, como foi solicitado.
De acordo com as notícias hoje avançadas por vários jornais, Pinto da Costa e Antero Henriques estão entre os acusados, o primeiro por recurso à atividade de segurança privada ilegal, executada por elementos da SPDE, empresa do norte do país e que também é suspeita de controlar a segurança na noite do Porto.
Segundo os jornais, foi através de Antero Henriques que a empresa de Edu Silva, como é conhecido, chegou ao Estádio do Dragão e, depois, aos 'círculos de poder' do clube, mais restritos.
De acordo com o jornal i, o Ministério Público acredita que os elementos de confiança de Edu Silva estariam encarregues de vigiar os jogadores da equipa principal do F.C. Porto, para depois fazerem essa informação subir internamente até ao topo da cadeia do clube: de Eduardo Silva para Antero Henriques e do diretor da SAD para Pinto da Costa.
Edu da Silva, o dono da empresa no centro de todo o processo, é um dos detidos preventivamente desde julho de 2015, juntamente com outros 12 arguidos detidos na investigação que envolve empresas de segurança privada. Um ex-PSP saiu, na altura, em liberdade, mas ficou proibido de contactar com elementos da empresa SPDE, responsável pela segurança no Estádio do Dragão, no Porto, e de usar arma.
As instalações do F.C. Porto e a residência do vice-presidente do clube Antero Henrique foram, em julho do ano passado, alvo de buscas devido às suas ligações com a empresa de segurança SPDE, entre outras 50 buscas realizadas em diversos locais do país.