
Também os pais de seis menores responderam ao recurso pedindo a sua improcedência
Foto: Arquivo
O professor da Póvoa de Lanhoso condenado em julho, no Tribunal de Guimarães, a 17 anos de prisão, por 275 crimes de abuso sexual de menores e três de maus-tratos sobre 11 alunas, pediu ao Tribunal da Relação que lhe reduza a pena para um máximo de dez anos.
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O arguido foi ainda condenado numa pena acessória de inibição, por 18 anos, de exercer a profissão ou a tutela de menores, bem como a indemnizar as vítimas em 157 mil euros. Agora, pede para pagar menos 50 mil euros.
No recurso, o advogado Artur Marques defende que não se provaram 104 crimes. Diz que o juízes só ouviram as meninas, não levando em conta que o professor os negou, embora tenha confessado e mostrado arrependimento no que toca aos outros crimes. "Erro de julgamento, aponta o advogado.
Este põe em causa os depoimentos das meninas, que tinha então entre seis e nove anos. "Não se vislumbra o que o arguido poderia ganhar em mentir, e a experiência comum ensina que depoimentos de crianças com estas idades podem ser contaminados por influências recíprocas, ficando por se saber o que se viu ou fantasiou", argumenta.
O arguido, que diz precisar de apoio psiquiátrico, pediu desculpa às vítimas e aos pais e assumiu "impulsos miseráveis", que não consegue explicar.
Além do MP, também os pais de seis menores responderam ao recurso pedindo a sua improcedência.
