Após transferir fundos as vítimas perdem acesso à aplicação.
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A PSP confirmou ao JN que tem recebido denúncias de burlas associadas a investimentos em criptomoedas. Os lesados são aliciados para investimentos financeiros, alegadamente de grande rentabilidade, através de páginas fraudulentas que são difundidas por intermédio das redes sociais, nomeadamente o Facebook ou o Instagram.
Os contactos com o burlão são depois efetuados através de aplicações encriptadas como WhatsApp ou Telegram, normalmente para números com indicativos internacionais. Através de mensagem, o investidor recebe credenciais para aceder a uma aplicação financeira e para onde deverá transferir os fundos que pretende investir.
aplicação feita à medida
Quase logo após a transferência, a aplicação começa a exibir elevadas rentabilidades do investimento, para que a vítima se sinta seduzida a fazer novos investimentos, em crescendo de valor.
Todavia, após efetuar as novas transferências, o investidor deixa de ter acesso à aplicação e de poder contactar com o suspeito. A aplicação era na realidade um embuste e ficou sem o dinheiro.
Geralmente, quando as vítimas se apercebem de que foram burladas e apresentam queixa, já os criminosos tiveram tempo para apagar todo o rasto, dificultando sobremaneira a investigação das autoridades.
A Polícia frisa que os cidadãos nunca devem fazer transferências sem antes procurar o histórico da entidade em causa. Por outro lado, aconselha-os também a confirmarem, junto do Banco de Portugal, a legitimidade das supostas instituições financeiras para realizar investimentos.