A PSP apreendeu numa viatura na Avenida do Cristo Rei, em Almada, 27 botijas de óxido nitroso, também conhecido como a droga do riso, e 350 euros em notas falsas.
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Os ocupantes, três indivíduos, foram identificados e as botijas foram encaminhadas para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a quem cabe a instrução dos processos de contra-ordenação sobre a venda da droga do riso.
Os suspeitos não adiantaram informações sobre a proveniência e destino da droga do riso, mas a PSP acredita que seriam para venda recreativa, devido à quantidade encontrada. A apreensão ocorreu no dia 15 de outubro e deu-se no seguimento de uma ação de rotina de patrulhamento.
De acordo com a PSP de Setúbal, foi possível visualizar uma viatura com três homens no seu interior, que ao avistarem os polícias colocaram-se de imediato em fuga. A PSP intercetou a viatura e efetuou uma revista, tendo apreendido 27 botijas de óxido nitroso, diversas boquilhas e 880 euros, dos quais 350 eram notas falsas.
O consumo da droga do riso teve maior relevo durante a pandemia, consumida em festas e discotecas sem qualquer controlo pelas autoridades. Em 2022, o Ministério da Saúde incluiu o óxido nitroso na tabela das substâncias psicoativas, de consumo e venda proibida para usos recreativos por "o seu uso continuado provocar, a longo prazo, sérios danos no sistema imunitário, alterações na memória, entre outros danos neurológicos". As coimas variam entre 750 e 3 740 euros.
De acordo com dados fornecidos ao JN pela PSP e a GNR, em 2021, foram apreendidas 488 botijas, 427 pela GNR e 61 pela PSP. O número baixou e, em 2022, foram apreendidas 335 botijas. Em 2023, o número desceu para as 244 em todo o país e só de acordo com dados da PSP, até agosto de 2024, foram realizadas 41 apreensões de botijas. Os distritos com maior relevância nas apreensões são os de Faro e de Setúbal e as autoridades afirmam que continuam atentas ao fenómeno.