Reclusa trans que ateou fogo em prisão de Tires foi mudada para cadeia masculina

Reclusa está agora na cadeia masculina de alta segurança de Monsanto
Foto: Rui Oliveira/Arquivo
A reclusa que tinha ateado fogo na prisão feminina de Tires, causando ferimentos em cinco guardas prisionais, foi transferida, na tarde de sexta-feira, para a cadeia masculina de alta segurança de Monsanto, onde ficou numa cela isolada da enfermaria.
A transferência foi efetuada às 15.30 horas, por ordem da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais. A detida tinha permanecido em Tires, depois de na segunda-feira ter ateado fogo ao colchão, provocando um incêndio na cela. Cinco guardas prisionais sofreram ferimentos ligeiros por inalação de fumo e tiveram de ser assistidas, por precaução, no Hospital de Cascais, assim como a reclusa.
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Em Tires já estava em isolamento após ter sido transferida, há três semanas, de Santa Cruz do Bispo por ter agredido uma outra reclusa e dois guardas prisionais.
A situação da detida - que nasceu homem, tornou-se mulher e agora tenta reverter o processo - já tinha sido comentada pela ministra da Justiça na terça-feira, que já admitia a transferência. "É um tema que está a ser analisado. Não sei se é para uma prisão de alta segurança ou para uma instalação de saúde mental", disse Rita Alarcão Júdice.

