Ministra admite transferência de reclusa de Tires para prisão de alta segurança ou unidade de saúde mental

Reclusa ateou fogo à cela
Foto: Carlos Manuel Martins / Arquivo
A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, afirmou esta terça-feira que está a ser avaliado o futuro da reclusa transexual que incendiou uma cela na prisão de Tires, em Cascais, provocando ferimentos ligeiros por inalação de fumo em cinco guardas prisionais, admitindo que a detida poderá ser transferida para uma prisão de alta segurança ou para uma unidade de saúde mental, consoante o resultado da avaliação em curso.
"Relativamente ao recluso que ateou fogo à prisão, ou reclusa, é um tema que está a ser analisado. Não sei se é para uma prisão de alta segurança ou para uma instalação de saúde mental", declarou a governante na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, sublinhando que a prioridade é garantir a segurança e o tratamento adequado à detida.
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A titular da pasta da Justiça acrescentou que a reclusa "mostrou algumas preocupações de saúde" e "está a ser tratada", destacando a importância de "tratar com dignidade todos os que são acolhidos pelo sistema prisional".
O incidente ocorreu três semanas depois de a mesma ter agredido uma colega de cela e dois guardas prisionais na cadeia feminina de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, o que levou à sua transferência para Tires.
Segundo a ministra, o comportamento da reclusa afeta não só o próprio "como põe em risco os demais". "O incidente está a ser avaliado e estamos à espera de saber o que daqui resultará", concluiu.

