Refugiado afegão, pai e viúvo: o perfil do atacante ao Centro Ismaili de Lisboa
Abdul Bashir, de 34 anos, é afegão e, até chegar a Portugal ao abrigo da cooperação europeia, passou por vários campos de refugiados, incluindo na Grécia, onde a sua mulher morreu. Tem três filhos menores e, já depois de ter entrado em território nacional, decidiu mudar-se para a Alemanha.
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Barrado pelas autoridades germânicas, por ter sido em território português que obteve o estatuto de refugiado, regressou à Grande Lisboa há cerca de três meses, com três filhos menores, de nove, sete e quatro anos.
Apesar de se manter algo contrariado em território nacional, tinha uma vida tranquila e não tinha sido alvo de qualquer sinalização pelas autoridades. Chegou a receber apoio psicológico e era, até aqui, apoiado pela comunidade ismaelita, onde tinha aulas de português, e de quem recebia ajuda alimentar e para cuidar das crianças.
Esta terça-feira de manhã, entrou munido de uma faca numa aula de português com 16 alunos afegãos no Centro Ismaili de Lisboa, nas Laranjeiras. Atingiu gravemente o professor e matou duas mulheres com quem se cruzou em seguida, fora da sala. Pouco depois, foi imobilizado pela PSP com um tiro na perna, permanecendo internado no Hospital de São José, em Lisboa.
A motivação do ataque não é conhecida.
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