O tribunal da Relação de Lisboa considerou que não ficou provado que Clóvis Abreu tenha pontapeado na cabeça o agente da PSP, Fábio Guerra, durante uma zaragata ocorrida à porta de uma discoteca de Alcântara, em 2022, e que resultou na morte do polícia.
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Condenado a 14 anos, pelo homicídio do jovem polícia e por ofensas à integridade física de outros intervenientes, os desembargadores de Lisboa ilibaram Clóvis no que toca à morte do agente policial, mas mantiveram como provadas as ofensas à integridade física de outras vítimas, dois dos quais também policias. Em conformidade, os juízes da Relação fixaram a pena de Clóvis Abreu em seis anos, de prisão efetiva. O arguido, em preventiva desde há dois anos, também não terá de pagar a indemnização aos pais de Fábio Guerra.
Os factos remontam à madrugada de 19 de março de 2022, à porta da discoteca Mome, em Alcântara, quando um grupo de polícias, fora de serviço, tentou pôr cobro a uma violenta zaragata que envolvia dois fuzileiros. Fábio Guerra foi por este selvaticamente agredido, daí resultando danos cerebrais irreversíveis. Morreu dois dias depois.
Os fuzileiros foram condenados a 17 e 20 anos de cadeia e Clóvis Abreu, que, entretanto, fugira, seria julgado posteriormente, apanhando 14 anos, que agora a Relação passou para seis.