A PSP deteve na quarta-feira seis seguranças de uma discoteca na zona do Cais do Sodré, em Lisboa, por, alegadamente, terem agredido fisicamente clientes estrangeiros, alguns dos quais tiveram de receber tratamento hospitalar, adiantou este sábado esta força policial.
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As agressões pelos seis suspeitos terão ocorrido, pelo menos, duas vezes, durante o mês de abril. A primeira, no dia 20, aconteceu quando cinco cidadãos, de nacionalidade inglesa, foram impedidos pelos seguranças de entrarem no estabelecimento noturno.
"Após um breve diálogo, sem que nada o fizesse prever, um dos vigilantes desferiu um soco na face de um dos turistas, tendo, de seguida, surgido mais cinco ou seis indivíduos, possivelmente seguranças daquele estabelecimento, que atacaram o grupo de cinco amigos com vários socos e pontapés", informou a PSP, acrescentando que uma das vítimas ficou com hematomas e escoriações no corpo e que outra fraturou a tíbia e o perónio, tendo sido internada e submetida a cirurgia ortopédica e maxilo-facial.
A segunda situação remonta a 27 de abril quando, no mesmo espaço de diversão noturna, dois amigos, também estrangeiros, foram informados pelos seguranças de que teriam de pagar um consumo mínimo de 30 euros para abandonarem o estabelecimento.
"Ambos ter-se-ão recusado a pagar o que lhes era exigido, justificando que apenas tinham bebido uma cerveja e que ninguém lhes explicou o consumo mínimo quando lhes entregaram os cartões à entrada da discoteca", acrescentou a força policial, revelando que as vítimas foram agredidas com socos e cotoveladas por vários seguranças e levadas, à força, para junto da zona de pagamentos onde foram coagidas a saldar o valor em falta com o recurso a um cartão de multibanco. A seguir, foram empurradas para fora do espaço.
"Ambas as vítimas ficaram com hematomas e escoriações na zona da face e cabeça e uma delas ficou com o braço fraturado, tendo sido internada e submetida a cirurgia", concluiu a PSP.
Os detidos, entre os 25 e os 48 anos, foram apresentados a primeiro interrogatório judicial e ficaram sujeitos a apresentações periódicas e proibidos de exercerem de funções.