Renato Seabra, o português suspeito do homicídio do colunista Carlos Castro, na sexta-feira, em Nova Iorque, vai continuar em observação psiquiátrica por tempo indeterminado e será posteriormente sujeito a interrogatório. Conheça a localização do hotel onde ocorreu o crime.
Corpo do artigo
[HTML:googlemaps|carlos_castro.html|485|350]
De acordo com o Sargento Hayes, da polícia de Nova Iorque, Seabra foi detido de madrugada num hospital onde recebida tratamentos e posteriormente levado para a unidade psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona leste de Manhattan, para observação médica.
A polícia não revela se na altura o suspeito apresentava sinais de distúrbios ou de consumo de estupefacientes. "Agora cabe aos médicos determinar quando ele pode sair", adiantou fonte policial.
Fonte hospitalar ouvida pela Lusa no local adiantou que é habitual que o estado de observação dure um a dois dias.
Seabra, jovem de cerca de 20 anos que participou recentemente em Portugal no concurso televisivo "À Procura do Sonho", será posteriormente levado para a esquadra para interrogatório, onde poderá ser formalmente acusado do homicídio.
Pelo crime de homicídio, Seabra enfrenta a pena perpétua, a máxima no Estado de Nova Iorque, além de impossibilidade de liberdade condicional. A extradição é pouco habitual quando o crime é cometido por estrangeiros.
A polícia continua a recolher provas no local do crime, o luxuoso e recém-inaugurado Hotel Intercontinental, próximo de Times Square, que está vedado a não hóspedes.
Todos os funcionários receberam ordens estritas para não fazer comentários sobre o caso, que tem merecido destaque na imprensa local, abrindo ao longo de toda a manhã o noticiário da principal estação de televisão local, NY1.
Os detectives da polícia continuam no hotel a recolher provas e têm também interrogado várias testemunhas principais, nomeadamente a portuguesa Mónica Pires, filha do jornalista Luís Pires, e amiga de Carlos Castro, que esteve durante oito horas a prestar declarações.
O corpo de Carlos Castro, cronista de 65 anos que estava em passeio em Nova Iorque desde dia 29 na companhia de Seabra, foi descoberto perto das 19 horas de sexta-feira, com sinais de violência e mutilação.
Esta manhã o corpo foi retirado do local e o médico legista deverá pronunciar-se nas próximas horas sobre a causa da morte, embora a polícia já tenha avançado que Castro sofreu traumatismos violentos na cabeça e apresentava mutilações nos órgãos genitais.
A hora da morte também ainda não foi determinada.
Informações inicialmente avançadas apontam para o uso de um computador portátil como arma do crime, o que a polícia até ao momento não confirma.