Um dos suspeitos da morte de uma mulher de 62 anos, de nacionalidade holandesa, esquartejada e depois deixada num casebre, onde vivia, a arder, foi apanhado na quinta-feira pela GNR a tentar a sair de Portugal.
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O cidadão búlgaro Chisto Peev estava, por ordem do Tribunal, com ordem de apresentação periódica na GNR e interdito de sair da freguesia de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, onde vivia numa tenda. O agora detido caminhava ao longo da estrada perto de Penha Garcia. Além de incumprimento da ordem para não sair da freguesia sede de concelho, Cristo Peev terá confessado aos militares da GNR que se dirigia para Espanha.
Será apresentado novamente a juiz por incumprimento da ordem do tribunal decidida no primeiro interrogatório.
Este episódio culmina numa semana atribulada. Cristo Peev esteve no Serviço Psiquiatria, num Hospital de Coimbra, que lhe deu alta clínica. Dias depois, foi novamente acolhido na Psiquiatria do Hospital de Castelo Branco. Não terá havido razões para internamento.
Entretanto, a PJ da Guarda está a investigar o crime de homicídio. Poderá estar uma terceira pessoa envolvida, um antigo companheiro da mulher holandesa. Este e Cristo Peev tinham constantes discussões.
A holandesa terá sido primeiramente atingida com recurso à utilização de arma branca e depois abandonada no local, uma espécie de casebre (onde ela pernoitava) que, entretanto, foi incendiado pelo mesmo autor. Tal incêndio consumiu por completo o local, tendo o cadáver da vítima sido localizado apenas no dia de segunda-feira, após o referido pedido de auxílio de familiares da vítima, residentes na Suíça durante o fim de semana.
A juíza não encontrou razões para outra decisão quando ouviu o detido em primeiro interrogatório judicial: não se conheciam os resultados da autópsia ao cadáver, pelo que o resultado pericial não estava concluído. Por outro lado, no tribunal o suspeito, búlgaro com 33 anos, não confessou a autoria do crime.
No dia 24 de abril, o búlgaro foi assim libertado após primeiro interrogatório judicial, indiciado de crime de desobediência por não cumprir as normas de contingência Covid (não recolhimento) e do crime de posse de arma proibida (facas). Reside em Portugal há aproximadamente seis anos e não tem qualquer ocupação profissional.