Tentativa de homicídio e agressões em baile de Natal chegam esta segunda-feira a tribunal
Um baile de celebração do Natal terminou com uma rixa entre dois jovens ambos, com 18 anos, que se estendeu a amigos de ambos. Esta segunda-feira, seis pessoas, com idades entre os 18 e os 21 anos, começam a ser julgadas, no Tribunal de Beja, pela prática de diversos crimes, entre os quais um de tentativa de homicídio.
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O julgamento, marcado para a manhã desta segunda-feira no Tribunal de Beja, vai decorrer sob fortes medidas de segurança, dado o receio de que os arguidos possam envolver-se em confrontos físicos. Seis pessoas, com idades entre os 18 e os 21 anos, começam a ser julgados pela prática de diversos crimes. O principal arguido, de 18 anos, é acusado do crime de homicídio qualificado, na forma tentada. Outro responde pelo crime de ameaça agravada e quatro pela prática do crime de ofensa à integridade física simples.
O caso ocorreu cerca das 7 horas do dia 25 de dezembro de 2022, na sede da Associação Cultural e Recreativa dos Moradores de Porto Peles, freguesia de Nossa Senhora das Neves, no concelho de Beja. Inspetores da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ) detiveram o agressor, fora de flagrante delito. O jovem, residente em Neves mas natural de Ermesinde, foi acusado do crime de homicídio qualificado, na forma tentada, suspeito de ter desferido dois golpes com uma arma branca num opositor, com que se travou de razões.
A vítima das facadas foi hospitalizada com ferimentos no abdómen e no tórax, tendo sido submetida a uma intervenção cirúrgica no Hospital de Beja. “Não perdeu a vida em virtude do imediato socorro e da intervenção médica urgente”, sustenta a Procuradora do Ministério Público (MP) de Beja no despacho de acusação a que o JN teve acesso.
O agressor abandonou o local após a contenda. Os inspetores da PJ deslocaram-se a Porto Peles e fizeram a recolha de “relevantes elementos probatórios que conduziram à detenção, fora de flagrante delito, do presumível autor das facadas”, descreveu na altura em comunicado a Diretoria do Sul.
Presente a tribunal, o jovem ficou em prisão preventiva, mas por despacho judicial de 16 de janeiro de 2023, o arguido passou a estar sujeito à medida de coação de obrigação de permanência na habitação. A 28 de março, o arguido tentou cortar a pulseira eletrónica, o que levou a que fosse de novo decretada a prisão preventiva. Na passada terça-feira, o Tribunal da Relação de Évora indeferiu o recurso do seu advogado que solicitava que voltasse à prisão domiciliária.