O Ministério Público (MP) acusou seis arguidos de contrafação, branqueamento e utros crimes relacionados com o fabrico e comercialização de produtos têxteis. Segundo a acusação, o principal arguido, quando se apercebeu das buscas, tentou pôr a salvo 55 mil euros provenientes da atividade ilícita.
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Em comunicado, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP) refere que os seis arguidos, três homens e três mulheres, incluindo uma família, estão acusados de venda ou ocultação de produtos, de contrafação, imitação e uso ilegal de marca, de fraude sobre mercadorias e de branqueamento, no âmbito de um circuito de fabrico e comercialização de produtos contrafeitos.
O MP encontrou indícios de que o principal arguido, pelo menos, entre março de 2020 e dezembro de 2021, “fabricou e comercializou produtos têxteis contrafeitos, nos quais eram apostas marcas de renome internacional, à revelia destas, para venda como se de produto genuíno se tratasse”. Este arguido, de acordo com o MP, serviu-se de uma empresa de confeção explorada por uma das arguidas, em Fafe, e de serviços de embalamento, que eram prestados por outros dois arguidos, um homem e uma mulher, em Azurém, Guimarães.
O MP acusa o principal arguido de branqueamento de capitais por ter adquirido “produtos de elevado valor, convertendo em bens os proventos desta atividade a que se dedicava”. O homem é também acusado de, em conjunto com mais um homem e uma mulher e seus filhos, “ter posto em marcha um plano de retirar de uma casa, em Guimarães, pelo menos 55 mil euros provenientes da mesma atividade, para os subtrair à ação das buscas policiais que estavam em marcha e à consequente e provável apreensão pelas entidades policiais”. O MP liquidou a título de património incongruente do principal arguido quase 246 mil euros, declarados perdidos a favor do Estado.