Toxicodependentes faziam fila à porta do "Escobar de Ameixede"

O traficante que se autointitulava “Escobar de Ameixede” está a ser julgado, no Tribunal de Penafiel, por ter montado a maior rede de venda de cocaína e heroína no Vale do Sousa. Fernando S., de 49 anos, comprava cerca de sete mil euros de droga por semana no Bairro da Pasteleira Nova, mas também em Francos, ambos no Porto, que, depois, traficava à porta de casa e através de colaboradores, cuja única fonte de rendimento era o crime. Oito deles, assim como o principal fornecedor de droga, José R., e a mulher de Fernando S. também estão sentados no banco dos réus.

Segundo a acusação do Ministério Público, o negócio liderada pelo “Escobar de Ameixede” corria sobre rodas, tanto que, só entre as 12.18 e as 13.42 horas de 9 de fevereiro de 2022, os militares do Núcleo de Investigação Criminal de Penafiel da GNR, que mantinham o suspeito sob vigilância, contaram seis transações ilegais à porta da habitação do traficante, situada em Entre-os-Rios, Penafiel. O tráfico continuou, ao mesmo ritmo, da parte da tarde, obrigando Fernando S. a deslocar-se à Pasteleira Nova para adquirir mais droga. Quando regressou já tinha dois carros à espera.