Traficante de grupo apanhado com 32 mil doses de droga diz que "não sabia o que trazia na mala do carro"
Um grupo que se dedicava ao tráfico internacional, tendo sido apanhado em Aljustrel com 32.336 doses de estupefacientes, começou esta terça-feira a ser jugado no Tribunal de Beja. Um dos arguidos garantiu que não sabia o que estava na mala do carro, na altura da viagem.
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Os quatro indivíduos, com idades compreendidas entre os 22 e os 28 anos, três residentes no concelho de Leiria e um em Odivelas, estavam a ser seguidos há alguns meses pela GNR de Aljustrel. A 26 de junho de 2023 acabaram detidos, na A2, sentido sul-norte, naquela vila alentejana, quando regressavam de Espanha, em dois automóveis.
O veículo da frente, um VW preto que fazia de “batedor”, onde viajavam três dos arguidos, tinham na sua posse 12,464 gramas de canábis e 830 euros em numerário, enquanto que num Mercedes branco, que viajava 10 quilómetros atrás, foram encontrados dois pacotes com 11.950 gramas de canábis e 45 euros em numerário. Foram ainda apreendidos sete telemóveis e os dois veículos, além de outros apetrechos ligados ao tráfico.
Dos quatro arguidos, só dois compareceram a julgamento e um dele ficou em silêncio. O único que se dispôs a falar afirmou que "tinha uma divida por consumo de droga", razão pela qual fez aquele transporte. Ainda assim, garantiu que "não sabia o que trazia na mala do carro". Versão que não convenceu os magistrados, face às fotos existentes no processo e a um contato que o ligava a um traficante de Leiria, que está preso.
A tese de que não conhecia os outros arguidos foi desmontada quando lhe perguntaram sobre uma fatura de refeições de fast-food, que teriam sido consumidas pelo grupo.