Três dos 23 adeptos ligados aos No Name Boys (NN), que foram identificados com croatas da Torcida Split nos autocarros quando seguiam para a cidade do Porto, logo após os desacatos de Guimarães são alvo de medidas de interdição de Estádio. Neste momento, há 245 pessoas impedidas de entrar em recintos desportivos.
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Na terça-feira à noite, depois do grupo formado por cerca de 150 casuals (adeptos violentos) afetos aos NN e aos croatas não terem encontrado os rivais do Vitória de Guimarães, os mesmos decidiram rumar à cidade do Porto. Queriam atacar elementos dos Super Dragões, mas os autocarros em que se deslocavam foram travados pela PSP, na VCI, onde todos os passageiros foram identificados e fotografados.
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Entre eles, segundo uma informação avançada pelo Expresso e confirmada pelo JN, estavam três membros dos NN que estava sob alçada de uma medida de proibição de entrar em estádios. São medidas aplicadas ou na sequência de condenações em tribunal ou por ordem do Instituto Português do Desporto e da Juventude, como ação preventiva.
O último indivíduo condenado com este tipo de interdição foi o adepto croata que agrediu um repórter de imagem da TVI/CNN, elevando assim o número de "persona non grata" de 244 para 245.
A monitorização deste tipo de interdição é uma difícil tarefa para as autoridades. Os bilhetes são anónimos e por isso podem sempre existir adeptos que arriscam entrar, cometendo assim um crime de desobediência. Aproveitam os momentos de grande afluência nos pórticos de entrada para iludir as autoridades.
Não se sabe se estes três elementos dos NN conseguiram assistir ao jogo entre o Vitória de Guimarães e o Hajduk Split, sendo provável que se tenham mantido nas imediações do estádio.
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Recorde-se que na véspera do jogo Liga Conferência, com uma centena de croatas, os benfiquistas "varreram" o centro da Cidade Berço à procura dos ultras vimaranenses.
Mas sem terem conseguido atingir nenhum alvo entraram nos autocarros que os tinham levado e rumaram à cidade do Porto, para enfrentar elementos mais "radicais" de claques portistas como a dos Super Dragões.
Os confrontos só não aconteceram porque os autocarros que saíram de Guimarães com 154 indivíduos, 23 dos quais portugueses, foram travados na VCI, à entrada do Porto pela PSP, que já tinha previsto a possibilidade de tumultos entre os NN, aliados aos Torcida Split e elementos mais radicais dos Super Dragões.
Todos os indivíduos foram identificados e fotografados, para constarem numa base de dados europeia.