Treze dos detidos no âmbito da Operação "Fénix", que visou travar vários crimes relacionadas com a segurança na noite, vão ficar em prisão preventiva.
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O único a sair em liberdade foi Alberto Couto, um ex-agente da PSP, a quem foram apreendidas armas proibidas.
Eduardo Santos Silva, o líder da empresa de segurança privada SPDE e responsável pela segurança no Estádio do Dragão, foi um dos que ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, depois de esta manhã de sábado, ter sido ouvido em primeiro interrogatório judicial, no Campus da Justiça de Lisboa.
Dezasseis indivíduos chegaram, na sexta-feira, ao Tribunal de Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, mas dois foram libertados por ordem do Ministério Público. Entretanto, a audição dos arguidos foi transferida para o Campus da Justiça.
Além de "Edu", estão também detidos outros membros da SPDE, ligados à segurança noturna no Norte do país. Alguns deles pertencentes a um grupo do Vale do Sousa conhecido por "Ninjas".
O vice-presidente e diretor-geral da SAD portista, Antero Henrique, não foi detido, mas sim alvo de buscas na operação dirigida pela Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa, tendo-lhe sido apreendidos 70 mil euros em dinheiro.
A Procuradoria-Geral da República informou que em causa estão suspeitas de crimes de associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, detenção de arma proibida, extorsão agravada, coação, ofensas à integridade física qualificada e favorecimento pessoal, alegadamente perpetrados em todo o país, mas essencialmente no Norte e Grande Porto.
As 16 detenções foram consumadas no decurso de 50 buscas realizadas em Lisboa, Porto, Amarante, Lamego, Braga, Vila Real e Lousada. Foram apreendidas 40 armas, cerca de 121 mil euros, 10 viaturas e munições de diversos calibres, além de documentação.