
Kenny, de 28 anos, respondia por oito crimes
Foto: Marisa Rodrigues
O homem suspeito de matar uma mulher, em 2022, no Algarve, foi condenado à pena máxima de 25 anos de prisão. A decisão foi proferida esta quarta-feira pelo Tribunal de Faro.
José Mascarenhas, conhecido pela alcunha de Kenny, respondia por oito crimes, entre os quais homicídio qualificado, sequestro, profanação de cadáver e roubo. O tribunal de júri considerou-o culpado da maioria dos factos, absolvendo-o do crime de sequestro.
A vítima, Josielly Fontes, de 25 anos, que se dedicava à prostituição, desapareceu em dezembro de 2022 e foi encontrada morta e incendiada numa ravina junto ao IC1, no Alentejo.
Josielly Fontes tinha 25 anos
José Mascarenhas, de 28 anos, terá, ainda, de responder em tribunal pelo homicídio de outra mulher, Sandra, de 49 anos, motorista TVDE, encontrada morta dentro de uma mala, em Almancil, no concelho de Loulé. Neste processo, Kenny foi, há cerca de quatro meses, acusado pelo Ministério Público (MP) de homicídio qualificado, roubo, sequestro, coação e profanação de cadáver, mas o julgamento ainda não tem data marcada.
Sandra, de 49 anos, era motorista TVDE
Mas a primeira vítima do chamado "serial killer do Algarve" terá sido Tatiana Mestre, de 29 anos, em Quarteira, em 2018. Encontrada morta dentro de um carro, com as mãos amarradas e uma camisola à volta da cabeça, foi asfixiada e a viatura parcialmente destruída por um incêndio. Kenny chegou a ser condenado a uma pena de 12 anos e um mês, mas recorreu para o Tribunal da Relação de Évora e foi absolvido. Os juízes entenderam que a decisão da primeira instância, do Tribunal de Faro, foi apenas baseada em vestígios de ADN e não em provas concretas.
Kenny está atualmente a cumprir pena por tráfico de droga.
