Tribunal do Seixal envia para Lisboa providência cautelar contra Festa do Avante
O Tribunal do Seixal decidiu que deve ser um tribunal de Lisboa a analisar a providência cautelar contra a realização da Festa do Avante.
Corpo do artigo
Em causa estará, de acordo com o Observador, o facto de o PCP, que organiza o certame, ter sede na capital. A providência cautelar deu entrada na segunda-feira no Tribunal do Seixal pelo empresário palmelense Carlos Valente, distribuidor de uma marca internacional de equipamentos de som para festivais e presidente desde há um ano do clube de futebol Palmelense.
12551474
Carlos Valente, que foi também candidato pelo PSD ao município de Moura em 2013, afasta o caráter político da ação que diz "nada ter de político". O PCP, por seu lado, reagiu e veio dizer que a providência cautelar não tem "qualquer fundamento" e é "só justificável" pelo objetivo "de animação artificial da campanha reacionária" contra o evento.
O empresário de 50 anos concorda com as medidas restritivas à realização de festivais e outras concentrações para impedir a propagação do covid-19 e mostra "indignação" por a Festa do Avante se realizar. "Se temos as discotecas fechadas, os festivais adiados, indigno-me perante a realização de um evento como o Avante que vai reunir mais de 33 mil pessoas que vão partilhar o mesmo espaço durante três dias, comer juntos e acampar durante a noite".