Uma rede familiar de tráfico de estupefacientes, que foi desmantelada pela GNR, em 5 de dezembro de 2022, em Aljustrel, começa a ser julgada, esta segunda-feira, pelo Tribunal de Beja. Do rol de arguidos constam pai, filho, nora e um primo.
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A mulher e dois homens e a mulher estão em prisão preventiva, enquanto o “patriarca” está em liberdade, sujeito apresentações periódicas às autoridades. Há mais quatro arguidos, entre eles a companheira do suspeito de liderar o grupo.
Os oito arguidos têm entre os 23 e 48 anos e são naturais de Aljustrel. Sete foram acusados de tráfico agravado e o patriarca de tráfico de menor gravidade.
De haxixe a cocaína
Do processo constam 51 testemunhas de acusação: 46 consumidores; quatro militares do Núcleo de Investigação da GNR de Aljustrel; e um inspetor da Polícia Judiciária ligado ao Gabinete de Recuperação de Ativos.
O grupo dedicava-se à venda de produtos estupefacientes nos concelhos de Aljustrel, Castro Verde e Palmela, e foi durante vários meses investigado pelos militares do NIC da GNR.
Foram cumpridos 12 mandados de busca, sendo de destacar três domiciliários, seis em viaturas e três em estabelecimentos, que decorreram nos três concelhos onde os suspeitos residiam e vendiam a droga.
Foram apreendidas 250 doses de haxixe e 20 de cocaína, 22 pastilhas de ecstasy, 198 comprimidos utilizados como produto de corte, 15 saquetas de nicotina e três garrafas de óxido nitroso.
Também foram levados pelos militares sete telemóveis, cinco balanças de precisão, um petardo, uma tesoura e seis facas, bem como 3.675 euros em numerário, 40 libras em numerário, 17 anéis de ouro e dois de prata, seis viaturas e uma moto de água, que consideram como resultante da venda dos estupefacientes aos consumidores.