O Procurador da República do Juízo Local Criminal de Beja considerou esta segunda-feira que "face à falta da audição das testemunhas estrangeiras arroladas, não foi feita prova da acusação" de que é alvo Eurico Santos, o agente da Esquadra de Trânsito da PSP que está a ser julgado por agressão a um cidadão ucraniano, em 2019, naquela cidade.
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O magistrado do Ministério Público (MP) acusou o tribunal de "não ter feito tudo para que as testemunhas fossem ouvidas por videoconferência a partir da Ucrânia", concluiu. A advogada do polícia pediu a sua absolvição porque "ficou provado que o arguido não agiu de forma agressiva, descrita na acusação confirmada pelas imagens de vídeo existentes no processo" e que a fratura do braço da vítima resultou de "uma queda" num momento em que "estava algemado junto à esquadra".
Antes das alegações finais a face a um recurso do Procurador para que se fizessem novas diligências para ouvir as testemunhas estrangeiras, a que a defesa se opôs, a juíza titular do processo, considerou "ser prática dilatória do MP os constantes pedidos de audições que não são possíveis de promover, por ser impensável, duvidosa e praticamente impossível a identificar qualquer testemunha no estrangeiro".