Homens, detidos pela GNR, subtraíram 39 mil litros de combustível de bombas automáticas.
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Três homens são suspeitos de, no último meio ano, terem furtado um total de 39 litros de gasóleo e gasolina de vários postos de abastecimento na Grande Lisboa. O trio, agora detido pela GNR, venderia depois o combustível a amigos e vizinhos, a preços inferiores aos do mercado.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, os suspeitos praticaram os crimes em gasolineiras com pagamento automático e em horas de menor afluência de clientes. Para tal, recorriam a equipamento que impedia a comunicação entre a bomba e o terminal de pagamento, conseguindo dessa forma encher, em cada ocasião, vários jerricãs.
O esquema passou despercebido durante semanas, até que, há dois meses, um dos postos lesados se apercebeu de uma quebra excessiva na faturação e apresentou queixa. A 10 deste mês, a investigação da GNR culminou na detenção dos três suspeitos: pai, filho, e um amigo, com idades compreendidas entre os 30 e os 55 anos, e residentes em Sintra e na Amadora.
Prejuízo de 53 mil euros
Nas buscas, foram apreendidos 10 veículos, 85 jerricãs usados no furto e na venda de combustível, telemóveis, computadores e cartões de banda magnética utilizados na prática do crime, e 12 550 euros em numerário, adiantou ontem, em comunicado, a GNR.
Esta quantia, apurou o JN, terá sido obtida com a venda do gasóleo e gasolina a amigos e vizinhos, mas o lucro global terá sido superior, uma vez que os suspeitos cobrariam de 75 cêntimos a um euro por litro. Feitas as contas, terão reunido, no mínimo, 29 mil euros. Já as gasolineiras, que praticam preços mais altos, tiveram prejuízos de 53 mil euros.
Apresentado a tribunal, o trio saiu em liberdade, obrigado a apresentações periódicas às autoridades.
Desconheciam crimes
As autoridades acreditam, sabe o JN, que os compradores do combustível furtado não sabiam que este fora obtido de forma ilícita. Seria vendido pelos suspeitos perto das suas habitações e publicitado com base no "boca a boca".
Burla e furto em causa
Além de furto, os suspeitos estão ainda indiciados por burla informática. A operação "Full Tank" foi liderada pelo Comando Territorial de Lisboa da GNR e contou com o apoio da PSP.