Estaria obcecadamente apaixonado pela colega de faculdade, de 23 anos. Mas a relação não seria correspondida.
Corpo do artigo
Acabou por matá-la com um bastão, na passada sexta-feira, no apartamento onde a vítima, natural de Elvas, vivia em Lisboa. Levou depois o corpo para o rio Tejo, onde atirou o cadáver e também o bastão, encontrado na quinta-feira pela Polícia Marítima.
12248283
O estudante universitário de Psicologia foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) e confessou. Ontem de manhã, mutilou-se na cadeia anexa à PJ, onde pernoitava. Foi curado e deve ser interrogado esta sexta-feira por um juiz. O corpo da jovem ainda não foi encontrado, apesar das buscas.
Beatriz Lebre estudava no Instituto Universitário de Lisboa - ISCTE. Lá conheceu Ruben Couto, 25 anos. O jovem ficou apaixonado. Mas Beatriz via-o como um simples colega. Recentemente, realizaram juntos um trabalho académico.
Na passada sexta-feira, ao início da noite, Ruben foi ao apartamento de um tio de Beatriz, em Chelas, onde esta vivia desde que se mudou de Elvas para Lisboa, para estudar.
Ainda não é claro o que se passou no apartamento, mas as autoridades admitem que se tenha gerado uma violenta discussão e que Ruben tenha agredido Beatriz à bastonada até à morte.
Quando percebeu que estava morta, esperou pela noite escura. Carregou o corpo até ao carro e levou-o até ao Cais da Matinha, perto da zona da Expo. Atirou o cadáver e o bastão ao rio.
Entretanto, a mãe da estudante ficou alarmada com a falta de notícias da filha e a família foi ao apartamento. Estranharam o facto de estar lá o telemóvel e um prato de comida, indicando que Beatriz não tinha acabado a refeição. Participaram o desaparecimento à PSP. O caso seguiu para a PJ, que recolheu vestígios de sangue na casa. Mas o desaparecimento seria, afinal, um caso de homicídio.
Foram ouvidos os colegas e Ruben foi um deles. As contradições no discurso levaram a suspeitar dele. Acabou por confessar a morte e onde tinha abandonado o corpo, que continua por encontrar.
Pormenores
Não violento
O estudante Ruben Couto tinha participado em ações de voluntariado em Moçambique, onde passou 46 dias no combate à pobreza e ao analfabetismo. Ninguém lhe conhecia qualquer faceta violenta.
Internado
Depois de ter tentado o suicídio, cortando os pulsos, na cela da cadeia anexa à PJ de Lisboa, Ruben Couto foi levado para o Hospital de S. José, onde recebeu tratamento.