Cerca de uma dezena de assaltos a igrejas e a sedes das juntas de freguesia nos concelhos de Bragança e de Vinhais, com registo de perdas de ouro num templo e 200 euros numa autarquia, “geram onda de sobressalto” nas aldeias, admite o presidente da junta de Espinhosela, Octávio Reis.
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Os assaltos foram registados nos lugares de Soeira, Frezulfe, Santa Cruz e Vilar de Ossos, pertencentes ao concelho de Vinhais, e nos lugares de Espinhosela, Terroso, Parâmio e Gondesende, no município de Bragança.
“É mais vandalismo do que outra coisa, porque nas igrejas e capelas pouco dinheiro encontram. Aqui na junta de freguesia estragaram portas, partiram vários interiores e fechaduras. Não levaram nada”, afirmou Octávio Reis, autarca de Espinhosela.
A vaga de furtos levou a Diocese de Bragança-Miranda a solicitar às populações cuidados extra para “vigiar e proteger da melhor forma possível as igrejas e tudo o que será suscetível de interessar aos ladrões”, nomeadamente fotografando os bens, fazendo o seu inventário e reforçando portas e janelas.
Segundo uma fonte da Diocese de Bragança-Miranda “as igrejas voltam a ser objeto de furtos, que mais estragam, do que furtam. No espaço de poucos dias, já por duas vezes quase consecutivas, vários furtos foram cometidos na zona do concelho de Vinhais e nas proximidades de Bragança”.
O modus operandis terá sido sempre o mesmo. “Depois da intrusão, tudo foi vasculhado, deixando por terra paramentos e objetos de culto". No caso do ouro furtado, a quantidade "foi bastante avultada". Os assaltantes levaram, num dos casos, os anéis e alianças de uma estátua de Nossa Senhora. "As quantias em dinheiro, apesar de pequenas, são significativas para as comunidades”, relatou a fonte.
Segundo a fonte da Diocese, “estes roubos são frequentemente atribuídos a equipas itinerantes que vão fazendo razias em determinadas zonas”.
A GNR indicou que está a realizar diligências de investigação.