Rodrigo Correia, o jovem de 20 anos que na segunda-feira atropelou um agente da PSP para depois barricar-se em casa, em Rio de Mouro, Sintra, foi esta terça-feira colocado em prisão preventiva pelo tribunal, apurou o JN.
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Pensava que o carro da irmã não tinha seguro e, depois de ser chamado à atenção por um polícia numa discussão de trânsito, em Rio de Mouro, Sintra, decidiu fugir. Atropelou o agente, que teve de receber tratamento hospitalar e refugiou-se em casa, onde, à volta do prédio, a Polícia montou um cerco para o capturar. Passadas oito horas, na presença do seu advogado, entregou-se e foi conduzido para a esquadra. Deverá responder por ofensas à integridade física e desobediência. O carro, afinal, tinha seguro.
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Rodrigo, de 20 anos, conduzia um Peugeot 206 da irmã, quando se deu um desentendimento com outro automobilista. Um agente da PSP, que fazia um serviço remunerado junto a uma obra, aproximou-se dos veículos, a fim de acalmar os ânimos.
Aparentemente com medo de ser detido por falta do seguro, Rodrigo acelerou quando o agente estava junto do Peugeot.
O caso foi filmado por um morador da zona e, nas imagens, pode ver-se que o polícia é atingido pelo veículo num pé e no braço. Rodrigo tentou seguir caminho, mas foi forçado a recuar e voltar para a zona onde estava o polícia porque um furgão impedia-lhe a saída.
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O condutor ainda tentou barrar a marcha atrás de Rodrigo, que galgou um passeio para conseguir escapar. Entretanto, o agente já tinha memorizado a matrícula do Peugeot, o que permitiu chegar à identidade do condutor.
Entrega com advogado
A PSP foi de imediato para a zona das Mercês, onde se situa o prédio Torre S. Luiz, onde reside o suspeito. O Peugeot estava estacionado e foi apreendido. Os polícias tentaram entrar em contacto com Rodrigo, que se refugiara no apartamento. Sem resposta do indivíduo, nem mandados para entrar no apartamento, a PSP montou um cerco à volta do prédio para evitar que Rodrigo fugisse.
Cerca de oito horas depois, já na presença do seu advogado, Pedro Madureira, Rodrigo aceitou entregar-se e foi conduzido, sob detenção, para a esquadra do Cacém. "Entregou-se de livre vontade. Está arrependido. Ainda não sei o que vai acontecer. Se vai haver um julgamento sumário ou se vai ser aberto um inquérito", explicou ao JN Pedro Madureira.