Cinco homens de uma família da Figueira da Foz foram presos preventivamente, esta quinta-feira à tarde, depois de terem sido detidos pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeita de terem matado um pequeno traficante de drogas de Montemor-o-Velho e atirado o cadáver, amarrado a uma pedra, para uma vala de água de uma zona de arrozal.
Corpo do artigo
Tudo indica que na origem da morte estão desavenças relacionadas com negócios de estupefacientes, entre a vítima, de 32 anos, e o grupo de suspeitos, constituído por pai e quatro filhos, com idades entre 22 e 64 anos.
As provas até agora recolhidas pelos inspetores da Diretoria do Centro da PJ levam-nos a crer que a vítima foi assassinada em meados de agosto deste ano, com pontapés, murros e pauladas, na localidade de Brenha, na freguesia figueirense de Alhadas (Figueira da Foz), onde tinham residência os suspeitos. Depois, o corpo foi amarrado a uma pedra e submergido numa vala de regadio da zona de Alqueidão, outra freguesia da Figueira. Contudo, com a sua decomposição, o cadáver acabou por ser avistado, no dia 27 de agosto, por um pescador lúdico, que deu o alerta.
Segundo fonte da PJ, junto dos restos mortais não foi encontrado nenhum documento que permitisse chegar à identidade da vítima. E também não havia notícia do desaparecimento do homem, que tinha residência numa aldeia do concelho de Montemor-o-Velho, problemas de toxicodependência e uma família disfuncional. Ainda assim, os investigadores acabaram por conseguir identificá-lo, bem como aos presumíveis autores dos crimes.
Estes cinco suspeitos foram detidos nesta quarta-feira. São cinco familiares com antecedentes criminais por tráfico de drogas, tendo dois deles já sido condenados por este tipo de crimes. Segundo fonte da PJ, o mesmo grupo também tem antecedentes por furtos e roubos em residências, mas terão sido negócios relacionados com as drogas que terão ditado o assassinato do homem de 32 anos.
Nesta quinta-feira à tarde, os detidos foram presentes ao Juízo de Instrução Criminal de Coimbra, para primeiro interrogatório judicial, que aplicou a todos eles a mais pesada das medidas de coação, prisão preventiva.