<p>Saiu frustrada a tentativa da Câmara de Oliveira de Azeméis em fazer parceria com privados para realizar obras públicas tidas como imprescindíveis. O presidente da Autarquia garante que tem alternativa. Não diz é qual.</p>
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A piscina coberta de Cucujães, edifícios dos Paços de Concelho, estaleiros municipais, requalificação da biblioteca municipal e casa dos Sequeira Monterroso, bem como a construção de dois loteamentos são algumas da obras que a Câmara de Oliveira de Azeméis tem anunciado como prioritárias, mas que têm sido proteladas devido às dificuldades financeiras do Município e cuja concretização poderá estar comprometida.
Para concretá-las, o Executivo camarário, liderado por Ápio Assunção, anunciou, no ano passado, a intenção de proceder à constituição de uma parceria público/privada como sendo a única possibilidade da Autarquia levar a efeito estas obras.
Mas apenas uma empresa respondeu ao concurso público. Uma única proposta que não é do agrado da comissão de análise que acabou por aconselhar a não adjudicação.
A comissão justificou que "o custo de construção proposto é demasiado elevado, implicando um risco de investimento do Município igualmente elevado".
Refere-se, ainda, que, da proposta apresentada, "não é possível retirar qualquer tipo de conclusão quanto à relação qualidade/preço". Por último, é referido que de acordo com o documento apresentado "não é possível perceber quais as estratégias a implementar para a prossecução dos objectivos em causa".
Seguindo a recomendação, o Executivo municipal indeferiu, na última reunião, a parceria. O presidente da Câmara, Ápio Assunção, assegurou, então, que tem alternativa. Mas quando questionado pelo vereador socialista, Manuel Alberto, não quis revelar qual. Também em declarações, ao JN, a assessoria do presidente informou que "estão a ser analisadas vias alternativas. Na devida altura serão anunciados os métodos a aplicar a cada investimento previsto".
Para o vereador socialista, na Oposição, Manuel Alberto, este desfecho poderia ter sido "evitado" caso "tivessem conduzido o processo da forma como o PS recomendou e que está de acordo com as recomendações do relatório da comissão".
Ou seja, a comissão aconselha, entre outros pontos, que sejam estabelecidas metas para "os requisitos custos/qualidade de construção; avaliados os custos de investimento, adoptando para o feito vários cenários; adopção de metodologia para as fases de projecto e construção".