<p>Muitas populações, em Oliveira de Azeméis, não apoiam o fecho das passagens de nível, por isso, sempre que a REFER impede alguma, os moradores desimpedem-na. Há, até, um abaixo-assinado contra o encerramento.</p>
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O encerramento de passagens de nível da Linha do Vale do Vouga, no concelho de Oliveira de Azeméis, está a enfrentar a oposição da população de algumas freguesias. A REFER e moradores andam num autêntico jogo do rato e do gato. A empresa encerra as passagens de nível, a população retira as protecções.
Depois dos protestos recentes na freguesia de Santiago de Riba Ul, em que a população retirou as barreiras que impediam a passagem na Linha do Vale do Vouga, também a população de Pinheiro da Bemposta tomou idêntica atitude. Há dias, a REFER colocou pesados blocos de cimento impedindo a travessia da sem guarda no lugar da Remolha. Horas depois, os blocos tinham sido retirados. "Evaporaram-se", disse, ao JN, José Pinho, um dos moradores que se juntou ao protesto. "Não sabemos quem os tirou", mas, adiantou, "ainda bem que desapareceram". "Não há alternativas viáveis e, por isso, não estamos de acordo com o encerramento desta passagem", explicou.
Há duas semanas, a REFER fez uma nova tentativa para encerrar a passagem, pedindo inclusive apoio da GNR. Mas o número de contestários levou a que a empresa não avançasse. "Se encerrarem a passagem, ficamos isolados e apenas com uma pequena estrada que obriga a uma deslocação de mais dois quilómetros" adiantou a moradora Arminda Soares.
A população assinou, entretanto, um abaixo-assinado de contestação para enviar à Câmara Municipal e à REFER.