O elevador do Bom Jesus de Braga transportou, até setembro, cerca de 300 mil pessoas, que ali se deslocaram para conhecer ou desfrutar do recinto do Santuário, que é património mundial da UNESCO.
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O vice-presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, Varico Pereira, adiantou ao JN que, este ano, se realizaram várias visitas guiadas ao equipamento, inaugurado em 1882, há 140 anos, e que envolveram 400 alunos de escolas de Braga e da região.
A Confraria promoveu na sexta-feira, no Centro de Memórias do Bom Jesus do Monte - Centro de Exposições Cónego Cândido Pedrosa, a apresentação do livro "O Funicular do Bom Jesus, uma Viagem no Sacro Monte", de José Carlos Gonçalves Peixoto, ato que se integrou no encerramento das comemorações dos 140 anos do funicular.
O livro, que foi apresentado por Paulo Oliveira, diretor do Museu do Mosteiro de Tibães, salienta que o elevador nasceu do investimento do empresário bracarense Manuel Joaquim Gomes, e contou com um projeto do suíço Nikolaus Riggenbach, com supervisão técnica em Braga do engenheiro português de ascendência francesa Raul Mesnier du Ponsard.
Varico Pereira sublinhou que, além de descrever o nascimento do elevador, a obra "retrata a sociedade bracarense no último terço do século XIX, período de grandes evoluções tecnológicas, com destaque para a chegada do comboio em 1875".
Conforme o JN noticiou, a Confraria vai avançar com a requalificação do terminal inferior e largo envolvente do elevador do Santuário, que inclui a criação de um Centro Interpretativo.
O projeto, do atelier do arquiteto bracarense Carvalho Araújo, envolve o arranjo do largo fronteiro com a alteração da circulação de automóveis e autocarros, e a colocação de duas máquinas de venda de bilhetes e respetivos torniquetes.