Um aluimento de terra está a pôr em risco de derrocada um complexo de vivendas de luxo em Mesão Frio, Guimarães. A Circular Urbana que faz a ligação a Fafe está cortada com a derrocada de várias toneladas de terra que preenchem toda a extensão da via, com um comprimento de 120 metros e 50 de largura.
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Já estão confirmadas as causas da derrocada, provocada "pela acumulação de águas na zona inferior das vivendas", disse Bento Marques, dos Bombeiros de Guimarães. Já na terça-feira de manhã, os moradores tinham alertado o construtor das vivendas para uma diferença de cerca de um metro no solo.
A empresa de construção Cleimag deslocou então uma retroescavadora para avaliar a situação, mas "foi no preciso momento que a retroescavadora estava no pátio do condomínio que a terra aluiu", disse António Mendes, morador. O homem testemunhou que "o tapete começou a estalar, a retroescavadora recuou e aquilo caiu tudo", sendo que debaixo da terra estavam "pelo menos três carros sem pessoas".
A terra caiu de uma altura de "cerca de 20 metros" e "destruiu a zona das garagens das vivendas", disse ao JN a proteção civil. Toda a zona das garagens sucumbiu ao deslizamento e no monte de terra era possível ver um carro, que à data do acidente não tinha passageiros. Não há, para já, vítimas a registar.
O deslizamento de terras registou-se esta terça-feira, pelas 18.06 horas. na freguesia de Mesão Frio. A esta altura os trabalhos prosseguem e já há garantias oficiais de que não há qualquer vítima debaixo dos escombros, informou fonte do CDOS de Braga.
A zona das garagens das habitações geminadas aluiu e não se sabe se estaria gente dentro. As casas estão em vias de seguir o mesmo caminho, uma vez que os alicerces exteriores sucumbiram à derrocada. Neste momento os Bombeiros de Guimarães, a Proteção Civil e a Polícia Municipal estão a organizar esforços no sentido de evitar o pior, mas a situação é muito delicada.
A estrada permanece cortada ao trânsito e "não há previsão de hora para restabelecer a circulação" devido ao perigo de desabamento do prédio, que se manterá pelo menos até amanhã.Os trabalhos, esses, prolongar-se-ão por um mínimo de três dias mas podem chegar a uma semana. Na manhã desta quarta-feira, a proteção civil vai reunir na Câmara Municipal para fazer o ponto de situação e decidir as medidas a tomar quanto ao corte da estrada.