A loja da empresa Águas do Alto Minho (AdAM) em Caminha foi vandalizada na noite de sexta-feira. O espaço, localizado no Largo Dr. Bento Coelho da Rocha, foi totalmente pichado a vermelho com insultos.
Corpo do artigo
O autarca local já condenou o ato e declarou que este será alvo de uma queixa-crime por parte da empresa. "O que aconteceu na loja de Caminha é um crime e nunca é solução para nenhum problema em democracia", declarou o autarca, referindo: "A AdAM já tinha conhecimento da situação esta manhã, já enviou uma equipa de limpeza e vai apresentar queixa-crime às autoridades".
A imagem está esta manhã a circular nas redes sociais. Foi replicada pela vereadora da Câmara Municipal Liliana Silva (PSD). "Lamentável e fortemente censurável. Não é assim que se demonstra indignação", escreve, apelando a que a população se manifeste antes contra a AdAM colocando "lenços brancos nas portas ou nas varandas."
12080567
A empresa do grupo Águas de Portugal entrou em atividade em janeiro para sete dos dez municípios do Alto Minho. Monção, Melgaço e Ponte da Barca não aderiram. Está a ser fortemente contestada. Uma petição online que reclama o fim da AdAM, soma hoje cerca de 7500 assinaturas.
O aumento do preço da água e os erros de faturação estão a revoltar a população. Ontem a Câmara de Vila Nova de Cerveira anunciou a abertura de um balcão de atendimento na segunda-feira para apoiar os clientes nas reclamações à empresa, face ao encerramento da loja da AdAM naquela localidade e ao não atendimento telefónico.
Um cliente de Vila Praia de Âncora recebeu estes dias uma fatura de mais de 50 mil euros. A empresa justificou a situação com "uma anomalia no sistema".