Os municípios que integram a Águas do Alto Minho vão, na próxima semana, reunir com a administração da empresa para exigir medidas em relação aos milhares de erros de faturação com que os consumidores estão a ser confrontados.
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Ao que o "Jornal de Notícias" apurou junto de fonte ligada à firma do grupo Águas de Portugal, foram emitidas "cerca de 10 mil faturas com erro em janeiro e estima-se que esse número tenha sido superior em fevereiro". A situação está a gerar uma onda de contestação na região, com uma petição online, já com cerca de 7500 assinaturas, a pedir o fim da concessão dos serviços de águas e saneamento à AdAM.
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Questionado sobre o caso, este sábado, em que a loja da empresa em Caminha amanheceu pichada com insultos a vermelho, o Presidente da Câmara, Miguel Alves, declarou que os erros detetados têm provocado "um grande alarme e contestação" junto da população. "Os municípios acionistas também estão descontentes. A própria empresa tem mostrado descontentamento e lamenta o que está a acontecer, mas o que nós esperamos é que o Conselho de Administração não lamente apenas e encontre soluções", apontou.
Segundo Miguel Alves, na reunião de terça-feira, os sete municípios acionistas da AdAM (Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez e Ponte de Lima) vão exigir "a apresentação de medidas concretas". Ações que passem por "abrir mais capacidade de audição e resolução das reclamações das pessoas, reforço das equipas e que façam com que as próximas faturas se apresentem substancialmente melhor do que as primeiras duas que foram emitidas pela Águas do Alto Minho".
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Um cliente de Vila Praia de Âncora recebeu esta semana uma fatura de mais de 50 mil euros. A empresa justificou a situação com "uma anomalia no sistema".
Ontem, a Câmara de Vila Nova de Cerveira anunciou a abertura de um balcão de atendimento, na segunda-feira, para apoiar os clientes nas reclamações à empresa, face ao encerramento da loja da AdAM naquela localidade e ao não atendimento telefónico.