O Ministério das Pescas e do Mar de Angola está a executar em cinco províncias do país um projeto da Pesca Artesanal e Aquicultura comunal, para garantir segurança alimentar e reduzir a pobreza de 15.800 famílias.
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Os relatórios preliminares dos estudos realizados no âmbito deste projeto, nas províncias de Luanda, Bengo, Cuanza Norte e Malanje, foram hoje apresentados, em Luanda, e na ocasião a ministra do setor, Vitória de Barros Neto, assinalou a relevância do estudo para tomada de decisões.
De acordo com a governante, os estudos realizados no quadro desse projeto, cofinanciado pelo Governo angolano e pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), que teve início em 2015, vão permitir igualmente fornecer informação qualitativa sobre o seu desenvolvimento.
"De igual modo, permitirá intervir de forma eficaz nas necessidades mais urgentes do projeto e na implementação estratégica de ações prioritárias sobre os meios de subsistência e desenvolvimento rural, segurança alimentar e nutricional, de forma a contribuir para a redução da pobreza", disse.
A ministra das Pescas e do Mar referiu também que a política atual do Plano Nacional de Desenvolvimento para o setor que dirige, enfatiza o "aumento da competitividade e o desenvolvimento sustentável dos subsetores industriais e artesanais".
Pelo que, sublinhou, "esperamos que a apresentação das linhas de base dos estudos realizados, sirva de incentivo para uma discussão profunda, com ideias práticas e críticas construtivas e recomendações que nos permitam encontrar melhores soluções para o êxito do projeto".
Segundo a titular do setor das Pescas em Angola, o estudo em alusão tem ainda como fundamento, contribuir para o desenvolvimento socioeconómico das comunidades rurais, aumentando os seus rendimentos a partir da atividade da pesca em águas interiores para reduzir a vulnerabilidade das comunidades.
Para o projeto, que prevê também criar condições para a melhoria do fornecimento de insumos de produção, a ministra defendeu igualmente a necessidade de se ajustar os custos de transporte e diminuir as perdas pós-captura, apostar na formação dos pescadores, processadores e comerciantes.
Na ocasião, Vitória de Barros Neto assegurou que o Ministério das Pescas e do Mar continua empenhado em aplicar toda a cadeia produtiva da aquicultura nas províncias em referência, "incentivando o surgimento de pequenas indústrias de processamento que possam receber e acrescentar valor à pequena produção".